A Dívida Técnica[1][3] (Technical Debt , traduzido erroneamente e conhecido como Débito Técnico, isso é assunto para outro post rs) é um conceito amplamente discutido na engenharia de software, representando o custo futuro de decisões subótimas tomadas para acelerar entregas. Mas e se, em vez de focarmos apenas nos impactos negativos, também considerássemos os benefícios de decisões arquitetônicas bem planejadas? O conceito de Technical Credit surge como um contraponto, destacando os retornos positivos de investimentos estratégicos em design e arquitetura, que reduzem o esforço futuro e aumentam a sustentabilidade dos sistemas. Foi justamente o que Ian Gorton et al, abordaram no artigo recente (12/2024) de opinião publicado na ACM, “Technical Credit: Balancing initial investment and long-term results in the software development process” [2]

Criar Technical Credit significa projetar sistemas com flexibilidade, modularidade e resiliência desde o início. Isso inclui práticas como abstração de plataformas, funções de monitoramento contínuo (fitness functions), registros de decisões arquitetônicas (ADRs) e padrões como circuit breakers. Essas escolhas exigem investimento inicial, mas resultam em menores custos de manutenção e maior capacidade de adaptação ao longo do tempo.

Ao invés de apenas gerenciar a dívida técnica, devemos também maximizar o “crédito técnico”. Equilibrar curto e longo prazo é essencial para arquiteturas robustas e evolutivas.

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Referência: [1] - Avgeriou, P. et al. Managing technical debt in software engineering (Dagstuhl seminar 16162), In Dagstuhl Reports 6, Schloss Dagstuhl-Leibniz-Zentrum fuer Informatik (2016). https://www.researchgate.net/publication/309606012_Managing_Technical_Debt_in_Software_Engineering_Dagstuhl_Seminar_16162

[2] - https://dl-acm-org.ez433.periodicos.capes.gov.br/doi/full/10.1145/3690043

[3] - https://martinfowler.com/bliki/TechnicalDebt.html